quinta-feira, dezembro 24, 2009

Talharim integral com shitaki e salmao

Amassar tres dentes de alho.
Cortar cebola, azeitona chilena, tomate cereja e shitaki.
Aferventar o cogumelo por dois minutos.
Em uma panela dourar o alho com azeite e em seguida acrescentar cebola e todos os ingredientes acima. Mexer e deixar pouco tempo, soh pra pegaro tempero.

Em outra panela agua, sal e talharim integral por sete minjutos a contar da fervura.
Escorrer e preparar prato por prato enfeitando com manjericao.
Acompanha salmao assado com skoyu e alho por vinte minutos.

Um suco irah bem para quem nao toma vinho.
De entrada damasco com nozes ou com queijo brie.
E muito prazer!

quinta-feira, dezembro 17, 2009

O mirante Saléve

... fica na França e faz fronteira com a Suíça. De cima do Mirante avista-se o lago e o JET D'EAU. E da casa da Rosa vê-se as asas deltas que descem do Saléve.

Depois deste passeio fomos ao supermercado comprar queijos e ao invés de eu me deleitar com eles e com os chocolates suíços, me interessei por meias macias, o que virou motivo de chacota. Quem em sã consciência vai para a Suíça sem se importar com relógios ou chocolates? A Rosa sabia intensificar o tema de tal forma que todos acabavam por rir, inclusive eu.
Finalmente conheci a "raclete". Posso dizer que a base é constituída por batatas cozidas, na qual são colocados queijos derretidos temperados, inclusive com alho. O queijo é apropriado para tal e é simplesmente delicioso.
O aparelho para se fazer este prato é construído de maneira a facilitar o preparo. É um tipo de fogareiro elétrico com bandejinhas individuais em toda a sua volta onde se coloca o queijo. Uma vez derretido adiciona-se sobre a batata cozida e juntam-se os temperos desejados, depois é só degustar. Bom para dias frios. Hummmmmm!
Em um dos passeios de carro andei cochilando no banco do passageiro aconteceu na ocasião em que fomos para Montreux. E foi outro motivo para piadas. A Rosa chegava em casa e aumentava o fato de tal maneira que qualquer um achava graça!
Gostaria de ficar mais tempo em excelente companhia, até pensei em estudar francês em Genebra, mas, a Rosa também fez piada com isso dizendo que já estava de mudança. Risos!

sexta-feira, dezembro 04, 2009

Chá gelado.

Éramos sete.
Fizemos chá mate gelado batido com limão e gelo!
Na véspera convidei a oitava amiga, pessoa especial, porém, em cima da hora uma delas avisou que não viria para cuidar da mãe.
Foi saudável a conversa de miolo de pote...
Um amigo disse me um dia que iria defender tese sobre BESTAR, que é , não falar sobre coisa alguma ...Aprovei a idéia mas ele não chegou a defendê-la, apenas coloca em prática no seu dia a dia.
Quando eu morava no interior isso era muito comum, e depois acabou.
Hoje busco, aos poucos, recuperar este hábito pois vai de encontro à nova linguagem virtual.

Era difícil nos ouvirmos já que no princípio falávamos todas ao mesmo tempo, mas aprendemos a ceder a vez uma pra outra e enfim houve espaço para todas se expressarem. Gostamos tanto da idéia que iremos repetir a dose.

quinta-feira, novembro 26, 2009

Havíamos prometido...

... a Sarah que retornaríamos a tempo de preparar uma "raclete", no entanto, ainda faltava um local para eu conhecer. Mágico e ao mesmo tempo temeroso.
Mágico pelo brilho do sol nas reentrâncias da vegetação e temeroso pelo fato de o carro trafegar rente a um precipício dando a impressão que poderíamos despencar a qualquer momento ou a qualquer deslize.
Aventura!
É sempre bom estar o mais alto possível para se avistar a planície, e esta era uma visão privilegiada de 360 graus, com o azul do céu nas nossas cabeças, o frio chegando ao passo em que o sol se distanciava e o vento se aproximava. Ao longe havia um grupo de estudantes sentados em redor de um cobertor estendido no chão, lanchavam e conversavam em inglês, era perceptível o seu contentamento. Isso contribuía para a nossa felicidade. Gente feliz faz outra gente feliz.
A cidade estava aos nossos pés, os telhados vermelhos eram os prédios de Genebra, oito horas da noite, o sol clareava até o infinito e naquele exato momento deveríamos servir a "raclete"... Risos de satisfação! Que importância tinha o tempo agora?

terça-feira, novembro 24, 2009

Ao sair de casa

ela disse a derradeira frase do Kairos:
"A vida é curta, mas o seu vestido..."

sexta-feira, novembro 20, 2009

quarta-feira, novembro 18, 2009

Pensava que fosse um sítio,

uma chácara ou uma casa de veraneio tamanha a distância percorrida de carro.
Não era casa de veraneio não.
Quem mora na Suíça e quer ter casa própria, compra na França, pois, no primeiro país custa o dobro que no segundo, o imposto predial é o dobro e ainda se paga um imposto sobre o aluguel da casa, mesmo que seja própria e que se more nela. Avalia-se um preço semelhante a um aluguel e é considerado como tal.
Quem compra casa na França morando na Suíça tem que gostar de dirigir e gostar de levantar cedo. Tem gente que viaja 160 quilômetros por dia, ida e volta, para ir e vir trabalhar na Suíça onde o salário é melhor.

Imaginava muita sombra em volta da casa e ao chegarmos encontrei o oposto, a vegetação se parecia mais com cerrado, o sol não tinha onde se esconder e eu me sentia novamente em um clima tropical. José construiu sua casa com esmero e capricho, móveis, azulejos e materiais da melhor qualidade. Isto era visível ao se adentrar a casa. Ele preparara o almoço para a família reunida, não esperava visitas, nem havia mais nada pra se comer, e eu estava faminta. Devoramos tudo o que havia sobrado, desde azeitona até um fiapo de bacalhau que carne vermelha eu nem podia ver naquela época, tinha ojeriza.
Claro que antes de retornarmos pra Suíça cantei para todos na sala.
Ouviam emocionados, quietos.

quinta-feira, novembro 12, 2009

No dia seguinte

Rosa gentilmente me levou para conhecer uma cidade medieval Francesa chamada Yvoire. Um encanto!
Por instantes pensei fazer parte de uma fábula. Construções em pedras que se acinzentaram pela ação do tempo com vasos de flores vermelhas no parapeito das janelas. Trepadeiras verdes brilhante se estendiam feito um tapete até o telhado. Uma pena que estes locais estejam tomados pelo comércio. Não me agradam situações em que o turismo é confundido com comércio porque há quinquilharias de toda espécie à venda. A população deixa de observar a história local e a natureza para olhar os objetos. Consumismo inconsciente.
A estrada de Genebra a Yvoire, na França, é um verdadeiro sonho!
Planícies verdejantes, extensas plantações de uma delicada e cheirosa flor amarela denominada "colza", primordialmente cultivada para obtenção de óleo de cozinha e secundariamente para fabricação de outros óleos a exemplo do óleo diesel.
Não fazia a menor idéia de como seria a casa do José, português, radicado na Suíça e com casa na França.

quarta-feira, novembro 11, 2009

Genebra

Resolvi reduzir minha permanência em Dublin.
Visitaria outros países para aproveitar a estada na Europa. Planejei passar uns dias em Genebra, na casa da hilária Rosa, no início do mês de maio.
De Dublin a London (Gatwick Airport) e de London a Geneve, em seguida Rosa me buscaria no aeroporto.
Quanto tempo não andava de carro! E quanta gargalhada!
Foi uma farra. Eu não levei quase nada na mochila, fui avisada que não seria permitido nenhum frasco com menos de 100ml e então eu não transportaria peso algum em uma viagem curta. Nada de chinelo, camisola, desodorante, perfume, sapatos diferentes, ou vários modelos de blusas, apenas o básico. Minhas viagens prediletas são as que eu não preciso transportar nada.
A Rosa me fez rir o tempo todo em que estive em Genebra.
Fui recebida por ela no aeroporto e em seguida fomos de carro até o Lago Lemán, cartão postal da cidade. Belíssima! Limpa, arborizada, florida, organizada, moderna e antiga. A copa de algumas árvores chamou minha atenção, não vi coisa igual em lugar algum. Nesta época estavam sem folhas e foi possível visualizar os galhos cheios de nós em suas extremidades.
Percorremos alamedas cercadas destas árvores em toda sua extensão. Formavam um longo corredor de troncos.
Ela dirigia um Peugeot 206 cor cinza.
Fomos ao encontro da Laura que fazia um piquenique com seus amigos em barco atracado no Lago Lemán.
Visitamos um museu em que a Rosa trabalhava. Cantinho de flores multicores que eu desconhecia, heras, trepadeiras e delicados canteiros em tons de cor lilás.
Devido estar posicionado no alto de uma colina foi possível avistar casas da cidade, do outro lado do Lago Lemán. Lindo!
O Richard só falava francês, mas, nos entendemos bem, a Rosa traduzia as piadas que ele contava e nos comunicávamos através de gestos. A Sarah, Laura e Rosa falavam português devido à minha presença, mas, de vez em quando escapava um diálogo em francês. Convenhamos que esta não é uma língua tão complicada de se entender!

Na manhã seguinte de sexta feira viajamos até Chamonix.
Videiras faziam parte da marcante paisagem.
Avistamos os picos do Mont Blanc que já não contêm tanta neve. Com o aquecimento global o gelo foi se derretendo aos poucos.
Estando mais próximos aos picos podemos ver fios d´água descendo morro abaixo e isso nos faz refletir.
Por temer grandes alturas eu não quis andar de teleférico, preferi subir o morro de trenzinho, opção bem mais romântica. Sou apaixonada por trens, que dirá os de cor vermelha. Dentro do bondinho vermelho casais com crianças e pessoas desacompanhadas, todos confortavelmente agasalhados. Do lado de fora tudo no chão estava forrado de neve, eu podia ver a espessura de uns vinte centímetros de gelo beirando o morro. Subida, subida, subida. Pinheiros coloridos de branco. Subimos mais um pouco e os pinheiros continuavam com parte dos caules encobertos de neve. Ouviam-se exclamações das crianças e dos adultos. Espanto!

Bem no topo avista-se a imensidão branca. Homens e mulheres com equipamento de esqui subindo e descendo ininterruptamente feito um enxame de abelhas. Muitas cores de roupas, de pele e de cabelo, quero dizer, pessoas de vários lugares do mundo, idiomas diversos. Encontramos duas irmãs brasileiras que nos contaram sua aventura através da Itália e da Tunísia. Enquanto descíamos as escadas olhando o cenário ouvíamos seu depoimento cheio de ânimo. Foi através desta conversa que passei a ter vontade de conhecer a Tunísia.
Já em terra firme a Rosa resolveu me fazer uma surpresa.
Entramos no carro e eu pensando que retornávamos para Genebra. Atravessamos um túnel em direção a Itália cujo pedágio para cruzar a fronteira custava sessenta euros. Para justificar o desvio do caminho e o alto valor do pedágio ela alegou que queria visitar alguém. Percebi então que o intuito da Rosa em atravessar a fronteira era o de tomarmos nosso primeiro capuccino na Itália. Foi uma pequena loucura ao lado de uma amiga querida. Valioso!

quinta-feira, outubro 01, 2009

Dublin

Sem bagagem pra carregar, tudo ficou mais fácil, entramos em uma pizzaria popular e experimentei o pior naco desta iguaria que já vira um dia, mas, a partir dali eu me acostumaria a comer mal acreditando que eram especiarias.
Eu viajara pensando que ouviria a língua inglesa regularmente, mas, em breve, esta seria uma das minhas frustrações.
Um outro ônibus nos levaria até Palmerstown em aproximadamente 30 minutos.
Mais cinco minutos de caminhada e chegaríamos à casa do Brian que se localizava em uma esquina.
Assim como na escola, as casas da região, são em parte construídas de madeira tornando audíveis quaisquer ruídos produzidos em seu interior.
Fui apresentada ao Brian, à sua namorada brasileira chamada Suely que chegara de Fortaleza duas horas antes de mim, à Thais, também brasileira e à Kelly, irlandesa.
Escada acima conheci o pequeno quarto acarpetado, parede bege, porta branca, edredom branco com detalhes de flores em azul e amarelo.
Sem previsão alguma de quando isso aconteceria, minhas malas logo chegaram e, para minha surpresa o Brian as levou para cima. Acho que a primeira coisa que fiz ao abrir a mala foi entregar a ele o pó de café, as castanhas de cajú e o chocolate que trouxe para eles.
Dentro da casa nem era preciso usar agasalho, o aquecedor mantinha a temperatura agradável para o corpo. Selecionei um dos meus gostosos vestidos de malha, feito pela Sebastiana, para usar como coringa. Nos pés uma botinha de flanela rosinha estampada, herdada da Carol. Importante sentir-se aconchegada ao entrar em casa uma vez que estava longe da família, do clima tropical e da língua materna.
Mantive 60% da roupa na mala grande e guardei o restante no armário construído com juta branca e sustentação de madeira. Coloquei a mala menor embaixo da cama junto com os sapatos. Era preciso ajeitar tudo minuciosamente para que coubesse e ainda sobrasse espaço para a circulação. No parapeito eram disponibilizados o desodorante, sabonete e o celular.
Por falar em celular, no dia seguinte à minha chegada, sábado de tarde após o almoço, fomos ao centro da cidade comprar um telefone móvel e uma mochila escolar. Procurei uma bota e um casaco impermeáveis e como não encontrei adquiri uma capa de chuva barata na cor verde musgo, bem ridícula, que me deixava envergonhada toda vez que chovia. Durante os sete meses que permaneci na Europa fiquei mesmo com minha botinha vermelha que doei antes de retornar ao Brasil tal estado ficou.
Fazer compras não é minha especialidade, isso até me deixa mal humorada, mas, eram itens de primeira necessidade para começar a vida em Dublin .

segunda-feira, setembro 14, 2009

Chegada

" This is my medicine, please don´t put in X ray"

A gente não tem vergonha quando fala na língua materna mas a cara de pau que durou a vida inteira se esvai em um segundo quando percebe que é um tolo ao tentar se expressar na língua que não domina bem.
E isto é tão simples!! Explicar que usa remédio homeopático, fato que até então ninguém sabia, agora está ali exposto.
Atraves da imaginação penso ouvir uma pergunta:
- E pra que a senhora precisa disso?
E respondo a mim mesma:
- Vai ser presa com este líquido aí.

Como seria Dublin?
Poucas vezes ouvira este nome, geralmente cita-se Londres, Paris, Roma, Madri...
Dublin...Estranha mesmo, até no nome.
Mas Londres oferece maiores dificuldades para nos receber, exigem uma declaração de renda especifica, e outros pré-requisitos de que eu não disponibilizava, eu tinha medo. E nesta época os jornais comentavam sobre brasileiros que não tinham sido aceitos na Espanha ainda que com toda a documentação em ordem.
Assim viajei, com medo de ter que voltar imediatamente ao pisar em solo irlandês. Achei estranho quando me despedi da família e, embora rodeada de gente, me senti só no mundo, porque entrei sozinha no avião? Que opção! Que sensação!
Você pensa que é louco pela decisão que tomou, quer encontrar o porque desta besteira, deixar os queridos pra trás, seu colchão, seu travesseiro, seus pertences íntimos pra partir em busca de aprendizado ou de qualquer evolução.
Ainda bem que o vôo é repleto de atrações, filmes, músicas, revistas, pessoas conversando em outras línguas. Céu que te envolve, nuvens que te cobrem, mágico entardecer.
E que importa a noite mal dormida quando o novo te espera?
Achei a viagem excelente!
Assisti filme em alemão com legenda em inglês e ouvi musicas. Não dormi.

Agora me recordo das boas sensações que tive.
A escala em Amsterdam foi interessante por eu ter sido recepcionada por cães e policiais. Eu viera treinando estar atenta para chegar ao portão de embarque em tempo hábil.
Não queria surpresas no primeiro dia, como me perder no aeroporto de uma cidade sem conhecidos. E como o aeroporto era espaçoso certifiquei me inúmeras vezes, conferi o bilhete com a sinalização local, tudo correto. Mas onde estariam os passageiros para Dublin? Depois de um bom tempo pude perceber que o portão havia sido trocado. Ao invés de correr para o outro portão, subi na esteira rolante, gostei de andar nelas! O ideal é se posicionar sempre à direita.
Excetuando as turbulências e o pequeno atraso de vinte minutos de Amsterdam a Dublin, sobrevoar a tão esperada cidade foi magnânimo! O sol conferia cores brilhantes à paisagem inusitada que em alguns segundos ficou tomada por nuvens. Aconteceram três estações em um breve tempo.
Retida pela imigração eu temia ter que viajar novamente para o Brasil depois do esforço despendido até ali. Bastou apresentar a carta da English in Dublin, o endereço de moradia, o passaporte e citar o valor que trazia para me liberarem depois de 45 minutos. E outros passavam pela mesma situação apesar de que com um mulato a imigração foi ainda mais exigente porque segurou o dinheiro dele enquanto ele aguardou sentado a decisão que iriam tomar, isso me deixou perplexa.
Uma vez em solo irlandês percebi que minha mala extraviara, segunda surpresa.
A terceira surpresa foi comigo mesma, a calma habitava em mim e resolvi a questão de maneira objetiva.
Fui até o balcão especificado na placa, informei o ocorrido e como resposta soube que assim que a mala fosse localizada seria entregue no endereço fornecido por mim. Melhor? Impossível.
Não precisei de táxi para me deslocar até o bairro de Palmerstown, economizei cinquenta euros ao utilizar um ônibus logo de início.

sexta-feira, setembro 11, 2009

A decisão

Hoje, relendo o bilhete que encontrei inesperadamente na mala, percebo que me dei aquela viagem de presente:

"Mamitas,
E já se vai realizando um dos muitos sonhos que povoam nossa alma! Mas esse é dos sonhos graúdos e merece ser vivido em toda sua alegria. Unir o inglês e a música, unir o novo com os seus quarenta e poucos (!!!) anos só me faz ter a certeza do quão jovem é sua força. Estarei na Irlanda com você, em pensamento e com todo meu amor!
Mande fotos e notícias!
Um grande beijo,
Carol!"

Ela própria um dia me acenou com a Irlanda, ela afirmava que seria um local interessante para eu treinar inglês.
Em seguida, ou antes, disso, não me lembro a ordem dos fatos, vi cenas de um filme nesta Ilha. Rochas, praia, vilarejos, construções em pedra, pessoas simples, vestidos longos com aventais de algodão, calças largas, cores cinzas, céu nublado, talvez fosse uma outra época. E filmes de época me atraem, fico imaginando como seria, pareço me interessar, seria feliz naquele momento e naquele lugar?
Isto ficou registrado em minha mente e assim que surgiu a primeira oportunidade, assim que alguém conhecido contou-me que estava por lá acreditei que fosse possível eu chegar a um local longínquo. Lançada a semente em terreno fértil a idéia começou a tomar corpo somada aos sonhos anteriores de viagem pela Europa. Seria minha terceira vez em um continente cobiçado. Começaram os palpites sobre minha temporada.
- Um mês estaria de bom tamanho.
- Não, melhor dois.
-Ah! Isso não é nada quando se sai de casa, o tempo passa muito rápido, um ano voa.
-Seis meses, isso, seis meses.
-Nossa quem vai cuidar do cãozinho?
-Filhos crescidos, contas pagas, vida estável, hora de aprimorar o espírito e o aprendizado.
-Hum que coragem!
E um sentimento de conquista foi desabrochando em mim.
O desconhecido, as diferenças, as dificuldades, há quanto tempo isso estava latente? Seria hora de realizar.
Escolha da escola de línguas, Agência de viagens, passagens, passaporte, valores, conversão de moeda, carta de apresentação para a imigração, seguro saúde, carteira de estudante, moradia, roupas de inverno e verão, malas, sapatos, cosméticos, batom. Ah batom eu compraria no Free Shop, que sonho de consumo, um batom!
Cachecóis eu já tinha em excesso, exagerei quando estive em Buenos Aires, eu parecia ser cinco pessoas ao invés de uma só. Porque compramos tantas coisas que depois ficam sem uso? Pra que lotar os armários quando temos um corpo só? Foi uma das coisas que aprendi quando me deparei com duas malas enormes sem saber quando usaria tudo que elas continham. E o pior, onde acomodá-las naquele minúsculo quarto?
Deu-se início a aventura quando precisei explicar, em inglês, que os frascos de homeopatia se tratavam de remédios e não alguma espécie de explosivos...
" This is my medicine, please don´t put in X ray"

sexta-feira, julho 17, 2009

Discurso - Presidente Oscar Arias

"ALGO HICIMOS MAL"

Palavras do Presidente Oscar Arias da Costa Rica na Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago, 18 de abril de 2009

"Tenho a impressão de que cada vez que os países caribenhos e latinoamericanos se reúnem com o presidente dos Estados Unidos da América, é para pedir-lhe coisas ou para reclamar coisas. Quase sempre, é para culpar os Estados Unidos de nossos males passados, presentes e futuros. Não creio que isso seja de todo justo.

Não podemos esquecer que a América Latina teve universidades antes de que os Estados Unidos criassem Harvard e William & Mary, que são as primeiras universidades desse país. Não podemos esquecer que nesse continente, como no mundo inteiro, pelo menos até 1750 todos os americanos eram mais ou menos iguais: todos eram pobres.

Ao aparecer a Revolução Industrial na Inglaterra, outros países sobem nesse vagão: Alemanha, França, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e aqui a Revolução Industrial passou pela América Latina como um cometa, e não nos demos conta. Certamente perdemos a oportunidade.

Há também uma diferença muito grande. Lendo a história da América Latina, comparada com a história dos Estados Unidos, compreende-se que a América Latina não teve um John Winthrop espanhol, nem português, que viesse com a Bíblia em sua mão disposto a construir uma Cidade sobre uma Colina, uma cidade que brilhasse, como foi a pretensão dos peregrinos que chegaram aos Estados Unidos.

Faz 50 anos, o México era mais rico que Portugal. Em 1950, um país como o Brasil tinha uma renda per capita mais elevada que o da Coréia do Sul. Faz 60 anos, Honduras tinha mais riqueza per capita que Cingapura, e hoje Cingapura em questão de 35 a 40 anos é um país com $40.000 de renda anual por habitante. Bem, algo nós fizemos mal, os latinoamericanos.

Que fizemos errado? Nem posso enumerar todas as coisas que fizemos mal. Para começar, temos uma escolaridade de 7 anos. Essa é a escolaridade média da América Latina e não é o caso da maioria dos países asiáticos. Certamente não é o caso de países como Estados Unidos e Canadá, com a melhor educação do mundo, similar a dos europeus. De cada 10 estudantes que ingressam no nível secundário na América Latina, em alguns países, só um termina esse nível secundário. Há países que têm uma mortalidade infantil de 50 crianças por cada mil, quando a média nos países asiáticos mais avançados é de 8, 9 ou 10.

Nós temos países onde a carga tributária é de 12% do produto interno bruto e não é responsabilidade de ninguém, exceto nossa, que não cobremos dinheiro das pessoas mais ricas dos nossos países. Ninguém tem a culpa disso, a não ser nós mesmos.

Em 1950, cada cidadão norteamericano era quatro vezes mais rico que um cidadão latinoamericano. Hoje em dia, um cidadão norteamericano é 10 15 ou 20 vezes mais rico que um latinoamericano. Isso não é culpa dos Estados Unidos, é culpa nossa.

No meu pronunciamento desta manhã, me referi a um fato que para mim é grotesco e que somente demonstra que o sistema de valores do século XX, que parece ser o que estamos pondo em prática também no século XXI, é um sistema de valores equivocado. Porque não pode ser que o mundo rico dedique 100.000 milhões de dólares para aliviar a pobreza dos 80% da população do mundo "num planeta que tem 2.500 milhões de seres humanos com uma renda de $2 por dia" e que gaste 13 vezes mais ($1.300.000.000.000) em armas e soldados.

*Como disse esta manhã, não pode ser que a América Latina gaste $50.000* milhões em armas e soldados. Eu me pergunto: quem é o nosso inimigo? Nosso inimigo, presidente Correa, desta desigualdade que o Sr. aponta com muita razão, é a falta de educação; é o analfabetismo; é que não gastamos na saúde de nosso povo; que não criamos a infraestrutura necessária, os caminhos, as estradas, os portos, os aeroportos; que não estamos dedicando os recursos necessários para deter a degradação do meio ambiente; é a desigualdade que temos que nos envergonhar realmente; é produto, entre muitas outras coisas, certamente, de que não estamos educando nossos filhos e nossas filhas.

Vá alguém a uma universidade latinoamericana e parece no entanto que estamos nos sessenta, setenta ou oitenta. Parece que nos esquecemos de que em 9 de novembro de 1989 aconteceu algo de muito importante, ao cair o Muro de Berlim, e que o mundo mudou. Temos que aceitar que este é um mundo diferente, e nisso francamente penso que os acadêmicos, que toda gente pensante, que todos os economistas, que todos os historiadores, quase concordam que o século XXI é um século dos asiáticos não dos latinoamericanos. E eu, lamentavelmente, concordo com eles. Porque enquanto nós continuamos discutindo sobre ideologias, continuamos discutindo sobre todos os "ismos" (qual é o melhor? capitalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, neoliberalismo, socialcristianismo...) os asiáticos encontraram um "ismo" muito realista para o século XXI e o final do século XX, que é o *pragmatismo*. Para só citar um exemplo, recordemos que quando Deng Xiaoping visitou Cingapura e a Coréia do Sul, depois de ter-se dado conta de que seus próprios vizinhos estavam enriquecendo de uma maneira muito acelerada, regressou a Pequim e disse aos velhos camaradas maoístas que o haviam acompanhado na Grande Marcha: "Bem, a verdade, queridos camaradas, é que a mim não importa se o gato é branco ou negro, só o que me interessa é que cace ratos". E se Mao estivesse vivo, teria morrido de novo quando disse que "a verdade é que enriquecer é glorioso". E enquanto os chineses fazem isso, e desde 1979 até hoje crescem a 11%, 12% ou 13%, e tiraram 300 milhões de habitantes da pobreza, nós continuamos discutindo sobre ideologias que devíamos ter enterrado há muito tempo atrás.

A boa notícia é que isto Deng Xiaoping o conseguiu quando tinha 74 anos.. Olhando em volta, queridos presidentes, não vejo ninguém que esteja perto dos 74 anos. Por isso só lhes peço que não esperemos completá-los para fazer as mudanças que temos que fazer.

Muchas gracias"

quarta-feira, maio 06, 2009

Comentários sobre o relato

O relato da viagem está publicado em
http://relatoviagem.blogspot.com/

segunda feira, 29 de novembro de 2010 23:35

"Eduardo Sinkevisque ei, Zezé, estou lendo seu relato de viagem. Estou na página 25. maravilha
Terminei, Zezé ... Gostei muito. viajei junto ... são muitos detalhes de bichos, plantas, alimentos, sensações, sentimentos. Te adianto que minha idéia de aulas sobre diário furou, porque vc não apenas sabe viajar, ser companheira e aceitar companhia, como sabe muito registrar ... adoro as cores, aromas, sabores da sua naração ... as fotos são ótimas e os comentários, por vezes, hilários. Há muita delicadeza ali, mas muita fortaleza também ... Me perguntei: Zezé anotou enqto vivi o que relata, e depois escreveu? Ou Zezé viveu e só foi escrever depois que voltou para casa? Me interessei pelo processo de criação. E te digo o que ouvi certa vez: artistas, mesmo especializados (como vc cantora) podem se aventurar emn qualquer arte. A palavra também é tua, não apenas o som! vc tem o dom! E te diria mais: faça sempre que viajar, por onde andar o seu diário. registre como fez nesse que li (isso se já não faz, vem fazendo, não sei), porque é um modo de memória de artista que falta muito no Brasil. Obrigado pela confiança de me escolher como leitor.
olha, me emocionei com o modo de o Bruno se preocupar com vc, seu conforto em situações por vezes muito adversas ... a história do banheiro e engraçada, mas é delicada e emocionante ... Eu li ouvindo música, sabe? adivinha o que? Hermeto e Sivuca que passarei a postar agora! :)
ah, e quero para mim também essa sabedoria zen de meditar enqto se espera por alguém! Vou tentar ... :)))))
Bjão. Edu."

Caro Edú, escrevi assim que retornei de viagem, nem sabia que iria fazê-lo. É que a viagem foi pancadão, muitas horas sentada fosse em ônibus ou avião, não me precavi usando meia elástica e tive problemas circulatórios.Dois dias depois de chegar fui parar no hospital e para passar o tempo de 5 dias que fiquei internada comecei a escrever. Transformei tudo. Este ano fiz diferente, além de usar meias, selecionei trecho mais curto de voo ( devo confessar que foi a conselho da amiga Rosaly ). E comprei um caderninho por lá, mas, só anotava frases, nome de comida, e, até agora não terminei o relato da viagem que aconteceu há meses. Talvez nem digite ou publique pelo fato de estar picante. Ler com música de fundo é muito bom, principalmente se for instrumental. Um dos gêneros que mais aprecio. O Bruno continua me passando a sabedoria dele, ainda que esteja distante fisicamente.


segunda-feira, 16 de novembro de 2009 19:23

"Oi Zezé !!!!!!!!!!!
Eu, sinceramente, quando vi vc, tive a sensação que já te conhecia, que já tinha convivido com vc....Não foi diferente quando vi a foto do Bruno ! Sensação de tê-los próximos de mim....não sei quando, nem onde, nem como , nem porque....
Acho que isso deve fazer parte dos mistérios da vida...sei lá....
O seu ralato é lindo! A impressão que tive foi de estar com vc todo momento...quando fala das estradas, das paisagens , das flores...eu conseguia visualizar como se estivessem na minha frente, como se eu mesmo estivesse vendo naquele momento e passando por tudo que passou.
Saiba que também aprendi um pouco com seu relato , quando vc diz que o Bruno fala que "se você enxerga apenas as coisas ruins algo está errado contigo", e quando vc fala que " tudo muda e tudo passa".
Seu relato naõ chegou a mim por acaso...chegou na hora em que eu precisava ouvir isso.
O Bruno deve estar vivendo coisas maravilhosas...eu não o conheço...mas com certeza ele deve ter aprendido e continua a aprender muito sobre tudo...mas principalmente sobre a vida...oportunidade única eu diria...e com certeza essa experiência o fará uma pessoa ainda melhor do que deve ser. Pelo muito, muito pouco que sei dele, ou quase nada...o Bruno é como uma obra de arte...original, como uma pedra, que escolheu ser lapidada de forma diferente e é essa experiência que o torna especial...não só pra vc como mãe...mas para os amigos, para as pessoas que cruzaram e que ainda se encontrarão com ele.
Quer saber? Vc deveria escrever mais....não sei se é a primeira vez que escreve.... mas continue...
Amiga, desejo tudo de bom e melhor do mundo para vc !
Nos falamos...
Bjs,
Suely"

terça-feira, 10 de novembro de 2009 00:53
"Florzinha lindaaa!!
O prazer em conhecê-la melhor foi meu!
Aliás, foi uma alegria te encontrar na entrada do Tom Jazz hj!:-)

Comecei a ler seu relato e tudo que li até agora foi muito interessante, desde as buzetas,hehe...até os chapatis... aliás me parece boa essa mistura do chapati com doce de tomate... Pois é....doce de tomate tb nunca tinha comido.. comi nas minhas últimas férias em Piumhi.....hehee... minha mãezinha linda fez pra experimentar uma receita quem alguém deu pra ela.... Eu adorei! Pensei em colocar um tiquim desse doce misturado com algum molhim e colocar por cima algo salgado...talvez ficasse bom... como uma carne, por ex..... doce com salgado dá um paladar fenomenal, né?? Enfim...
Só não terminei de ler o relato todinho agora , por que ainda tenho de encontrar e imprimir umas partituras para amanhã e o sono tá aumentando cada vez mais!
Mas tenha certeza de que vou ler tudinho! Já vou passando pra pg 9.
Adoro lugares.... pessoas.
Tenha uma ótima noite e fica com Deus florzinha!!!
Bjokas mil!
Sandrinha"

Tuesday, November 03, 2009 11:53 AM

Oi Zezé,

Que gostoso ler vc e sua história, vc escreve muito bem. Não pude ler antes, estava viajando. Pude assistir um filme e viajei nos contos rs.

Adorei a “Capa de Chuva” Verde-Musgo rssssssssssssssssssss
É interessante a sua transparência e seus medos, como é pra todos nós. É que vc sempre passa a figura de uma mulher muito segura, forte. Não da pra imaginar a Zezé com medos e tão feminina ( no bom sentido ) rs.

Logo vou ler a da Venezuela. ( estive lá pertinho agora pouco, na Amazônia e Roraima ). Vamos fazer o CD. Já escrevi uma música pra vc..., logo nos falamos.

Beijos,

Felipe


terça-feira, 13 de outubro de 2009 11:19
Oi, minha Querida Zezé.

Você me enviou tão prontamente seu e-mail e somente agora li o seu relato e pude lhe retornar minhas impressões. Por mais que possa estar atrasado, não poderia estar desfrutando a leitura em momento mais tranquilo, na paz de espírito que seria necessário estar.

Sua escrita parece a de um pássaro migratório que vai narrando tudo o quê vê lá embaixo na paisagem. Na mesma velocidade constante em que passa, segue a descrição, sem diminuir ou acelerar, independente do que vê. É um estilo bem interessante, misturando sensações, emoções, imagens, sons, fatos e pensamentos em um mesmo fluxo de viagem. Todos com a mesma importância.

Confesso que me incomodei quando você passou pelo abraço do encontro com o Bruno da mesma forma como foi passar por Manaus, ver o trânsito caótico de Caracas, subir numa buzeta ou comprar bolívares. Queria que o seu pássaro mergulhasse das alturas para dentro de seus sentimentos. Fiquei imaginando a angustia de horas de viagem aflitivas para este encontro de meses de separação. Esse encontro de mãe e filho em um país distante deveria ser mais que "..depois de abraços, choros e risos, fomos para o café da manhã na padoca de Mérida...". Quanta explosão de sentimentos não devem ter acontecido em seu interior para vocês simplesmente terem logo em seguida ido comer arepa, pizza e pão integral...
Continuando a leitura entendi melhor o seu estilo de escrever e fui me deleitando com o relato. Um rítmo de leitura comparável a descrição de 30 dias de viagem em 30 páginas. As sensações sendo transmitidas através de imagens e ambientações. E as emoções sendo apresentadas em fatos.

Pensando em formar um estilo literário, gostaria de propor um maior cuidado em trazer um pouco mais de emoção na construção de algumas situações. Não sei se serei claro em explicar isso, talvez seja melhor fazê-lo pessoalmente. Mas, como exemplo, no caso do que se passou em uma praia de Isla Margarita ( aliás, um bom mergulho do pássaro de sua posição das alturas ) poderia ter se jogado mais informações em fatos anteriores que a levaram a chegar naquela explosão de sentimentos.
Bem, vamos fazer desse assunto um bom motivo para nos encontrar e conversarmos um pouco?!?
Beijos,
Marcelo

segunda-feira, 28 de setembro de 2009 14:57
Emocionante. Li seu relato INTEIRINHO, pg a pg e encontrei no meio dele o que me pareceu um poema, na verdade uma música..
Gostei do Poema, não entendi, é seu? Posso distribuir para os amigos e divulgar o seu poema? Costumo fazer isso por email em aniversários.
Posso usar você como exemplo didático? Vou fazer uma palestra e sempre uso alguns exemplos de quebra de paradigmas... e você, mesmo com o medo, com uma motivação maior, foi em frente.
Maria Rosa


Sent: Monday, September 14, 2009 6:16 PM
Oi Zezé
Muito bonito seu relato. Muito bem escrito, pura emoção em estado líquido e concreto ao mesmo tempo. Contundente, emocionante e muito, muito verdadeiro.
Viajei junto com vocês um pouco, sentado aqui na frente do meu computador.
Obrigado por compartilhar. Adorei.
Vale pensar em publicar ou blogar o seu relato. Já pensou nisso?
beijos,
Paulo Baroukh
www.pbvideo.blogspot.com


sexta-feira, 11 de setembro de 2009 19:32
Zezé como você escreve bem!
Gostei do seu estilo, fluente e natural.
E o final é maravilhoso.
Repentino e intenso sem muita falação.
Sylvinha Nogueira

segunda-feira, 3 de agosto de 2009 11:22
Zezé, amei o seu relato sobre a Venezuela... Sempre quis conhecer esse país, pq tenho uma queda por governos "vermelhos" (rs)... Adoro o Chavez (rs)
Mari Valadares

sexta-feira, 31 de julho de 2009 14:58
Contrario a muchas ideas hay un refrán que dice: "La misión de la madre no es servir de apoyo, sino hacer que ese apoyo sea innecesario", y se refiere a hacer de los hijos verdaderas personas, auténticas, capaces y comprometidas socialmente. Su hijo es un gran hombre, y detrás de todo gran hombre hay una gran mujer, que es su madre. Felicidades !!
Lina Annicchiarico


quarta feira, 29 de julho de 2009
Ainda não li tudo, mas já to dando muita risada... Jesus...quanta aventura... realmente mereceu o seu relato.
bj
Maristela

sexta feira, 17 de julho de 2009
Adorei o texto da tua viagem pra Venezuela. Sincero demais, bonito.
Lucas Canavarro.

quarta-feira, 6 de maio de 2009 08:47
Zeze,
Que maravilha de viagem, e seu relato daria um livro. O Bruno esta bem diferente fisicamente daquele que eu conhecia, óbvio.
Agora, pelo visto a "buzeta" é o transporte público mais popular daquelas bandas, nao? Bela aventura. Um beijo grande
Pedro Moreno

domingo, 3 de maio de 2009 11:19
Zeze, li seu diario da viagem a Venezuela e gostei muito... uma leitura gostosa, voce tambem tem uma veia de escritora alem de cantora, acho legal investir nesta área. Acho que em pessoas livres, abertas e sinceras como voce, a criatividade surge de maneira natural permitindo acontecimentos como estes. Mas a leitura do texto me levou a entender que voce nao mudou muito, imaginava, enquanto lia, voce passando por todas as situacoes que descrevia, exatamente como era no periodo da nossa adolescencia, sabe que aprendi muito com voce neste periodo da minha vida. Minha mae leu o material, riu muito e sentiu saudades de voce, te mandou um grande beijo.
Silvia Helena

segunda-feira, 27 de abril de 2009 16:54
ADOREI OS ESCRITOS
Roberto

domingo, 26 de abril de 2009 12:06
Zezé,
com tudo que vc andou, vc emagreceu ?
é claro que não,vc só pensava em comer.
queijo de cabra , pão entegral ,churasco, fresas com creme
coitado do bruno
que aventura em ninha amiga.
terminei de ler ,entrei na sua péle,e fui escrevendo aus poucos,
e tenho algumas perguntas:
Porque Saco de Mamanguá?
é o nome ou vc que estava com o saco cheio deste paraiso
Depois de desta viagen toda é que vc vai dizer que não suporta o sol ,e que tem medo do mar?
eu no lugar do Bruno te dava umas boas bofetadas.
O QUE ? pegar carona e largar o filho para tras...
ou o motorista era jovem e bonito e vc ainda tinha uma pequena esperança,ou vc ficou louca de vez, não mediu o que poderia ser um perigo total .
essa foto do cabrito preto em... vc não poderia deixar de fazer
acho que te recebi tão bem quanto o Juan Carlos ,não ?
so que não sou artesã
nossa vc teve coragem de entrar na mata ?
conclusão: (o que eu achei )
eu achei o Bruno muito pacido com vc ,fisicamente e moralmente porque ?
ele é tão bonito quanto vc, tem uns olhos azuis lindo ,e uma voz ceduisante (vc não )e é istrovertido, quase todas as fotos ele esta fazendo panhaçada,como vc
ele errou de faculdade,deveria ter feito ecologia,ocenografia,biologia etc.
ele ama e respeita a natureza ,e quem ama a natureza respeita os homens .
eu não queria estar na sua péle nestas 11 h.de espéra no aeroporto,é claro que foi triste a despedida. eu até chorei.
mais de toda forma,ele tem a cabeça em cima do ombro
sabe o que quer ,que é viver bem com a natureza,viver com pouco para sobreviver,viver o dia dia,sem correria atraz do dinheiro ,que é o que nus mata no dia dia, eu sem conhece-lo estou o amando.
vc pode ter confiança nele
se eu fosse sua mãe ,também estaria orgunhosa,como vc está dele .
bejs rosa


sexta-feira, 17 de abril de 2009 18:53
Zezé,
o que vc escreveu, para min não é um texto mas sim uma novéla .
mas que aventura essa viagem até chegar na casa do Bruno.
eu li uma parte, viajei ,e vivi como se estivése com vc
amanhã vou ler o resto,já ri muito e chorei de emoção do reencontro com o finho querido ,me coloquei no lugar de mãe,amanhã vou ver se consigo entender ,como que um jovem de clase media alta ,criado com amor carinho e alegria,formado em direito pode mudar de vida .
bjs
Rosa

quarta-feira, 15 de abril de 2009 04:39
Amor da minha vida, estou lendo teu diário da Venezuela.
Amando. Te responderei com calma.
SAUDADE DE VC, MINHA LINDA.
Beijo grande
Pedro


terça-feira, 14 de abril de 2009 16:28
Oi Zezé!
Essa vida de aposentada é um horror! Estou com saudades do tempo que eu ía pro Museu descansar um pouco. Estou naquela fase "Jaque"... já que voce está aposentada, voce não quer fazer isso e aquilo...Ainda pra complicar, resolvi mudar a minha carta de motorista e estou nesse lenga-lenga com a "burrocracia". Além de excelente cantora (pois sempre é um prazer te ouvir) a danada é uma tremenda escritora! Até eu que sou ratazana de buraco e não gosto de sair da toca, me deu vontade de ir lá ver as coisas! Vamos ver se depois dos feriados a gente marca qualquer coisa, né? Beijinhos da Jandira

terça-feira, 14 de abril de 2009 15:29
Olá Zezé,
Eu comecei a ler seu relato esta manhã e não consegui parar até o fim. Viajei junto!!!! Que legal! Não sabia que você tinha essa veia de contadora de emoções. Como estão seus horários? Podemos almoçar juntas qquer dia?
Aguardo suas notícias, beijão
Bel


terça-feira, 14 de abril de 2009 13:54
Zeze,
Vc é ótima. Se quizer poderá ter futuro tb como escritora.
Ri muito de seus depoimentos e acredite, fiquei sem vontade nenhuma de conhecer a Venezuela. Mas me conte do Bruno. Ele está lá estudando ou resolveu mudar de País?
Mande-me tb fotos
Bjs
fernanda


segunda-feira, 13 de abril de 2009 20:20
Mae,
to adorando o relato da viagem, mesmo!!

" Cada qual queria impressionar o outro com seus dotes adquiridos na vida de artesão. O artesão, uma vida de completo aprendizado.
Desgarrado dos seus familiares ele aprende o ofício, produz seu material e os vende pra sobreviver morando em lugares aprazíveis.
Vive condições mais rústicas, pouquíssimo conforto, transporta o mínimo de pertences, dorme em barraca ou sleeping,
faz seus próprios horários e sente-se livre. Viaja pra onde e quando quer. Conhece pessoas de todas as partes do mundo, cria novas possibilidades a qualquer momento"

Gostei da definicao, bastante sensibilidade da sua parte.
to adorando leeer!!
Depois de amanha sigo na leitura.
bjo
Bruno

domingo, 12 de abril de 2009 9:20
Zezé querida...
hoje de manhã comecei a ler seu relato de viagem e me deliciei tanto que acabei lendo em uma sentada... além de cantora magnifica, vc é uma excelente escritora... me deu vontade de desaparecer desse mundo captalista e ir viver como o Bruno... aliás, tenha muito orgulho desse menino... adorei ler que as preocupações dele nas caminhadas eram não pisar nas formigas... é de homens assim que precisamos para governar nosso país... e amei principalmente a parte em que ele foi falar com o prefeito e acabou conseguindo que vcs acampassem no jardim da casa do seu assistente... muito divertido!!!
Enfim, espero te ver em breve p/ ouvir de sua boca as muitas outras histórias que vc deve ter p/ contar.
Muitos beijos.
Marcela


quarta-feira, 8 de abril de 2009 23:13
Lindo, Zezé, li tudinho; que aventura, hein? é uma vida completamente despojada de regras, de conforto, de escolha de pessoas, a sensação que me deu ao ler é que o que pintasse vcs traçavam, né não?
Maravilhoso!!!!!!! e parabéns pelo seu companheirismo, acho que o Bruno jamais esquecerá essa experiencia com vc.
Bjssssssssss
Eva

domingo, 5 de abril de 2009 22:45
Zeze,
que legal fazer esse relato, e que legal a experiencia dessas viagens todas...
isso eh o que a gente guarda pra vida toda...
Estou fazendo um blog tambem, o endereco eh

http://jucanovaes.blogspot.com/

De uma passada por la.
Esta em SP? Vamos nos falar.
bj
juca


sábado, 4 de abril de 2009 18:43
Querida Zezé,
belo relato: agradável, estiloso e informativo. Não sabia dessa sua excelente qualidade. Acho que uma coletânea das suas vivências e experiências, num livro, faria sucesso. Palavra de "escritor", de cachaça é claro, mas escritor!
Vá em frente nessa nova carreira. Talento existe! Está aí para quem quiser ler.
Parabéns! Adorei realmente.
Beijo,
Jairo


Terça, 2 Apr 2009 15:29:36 -0300
Ai, Zezé...
que alma linda você é...
Tanta poesia, tanto frescor, tanta inspiraçao...
Que delícia papear com vc.
Adorei suas impressoes de viagem,
amei suas reflexoes de vida....
tudo tao intenso, gostoso...muito, muito bom!
Querida, já está topado encontrar a ambos...topadissimo...
Beijos e besos
Con cariño
Deborah

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009 15:31
Uau! Zezé! Morri de inveja!
Queria muito estar voando com vc pra Venezuela!
Além do mais, encontrar um cara 10 que é o Bruno! Aproveite!!!!!!
Um dia, quem sabe, irei conhecer a Venezuela, o grande ABC caribenho:
Aruba, Bonaire e Curaçao!
Espero vê-la em breve, no seu niver!
Mande-me algumas fotos e notícias dos lugares, ok?
Bjos, do amigo que te adora,
Ciro

quinta-feira, abril 30, 2009

Taganga - Colômbia

Este pintoresco pueblo de pescadores ubicado al nororiente de Colombia y a tan solo unos 15 minutos en bus de la ciudad de Santa Marta, donde el tiempo se aquieta y diera la impresión de que los días nunca transcurriesen.

Se caracteriza por haber mantenido la tradición de pesca de sus antepasados, la construcción de botes, canoas y el uso de la atarraya para la pesca. Actividades que se Inician a las 6 de la mañana, no son muchos pero llenan esta población de una belleza muy especial.

En las horas de la tarde cuando vuelven los pescadores de sus actividades este pueblo se llena de gaviotas, en ese mismo momento se pueden apreciar personas aguardando con sus canastos la llegada de los pescadores.

Taganga posee una hermosa y tranquila bahía que la convierte en un lugar ideal para la práctica del buceo o del snorkeling, desde el mirador localizado en una de las montañas aledañas se puede apreciar una hermosa vista de esta bahía.

Este pintoresco pueblo cuenta con buenos hoteles y restaurantes. Taganga cuenta además con unos 30 lugares para la práctica del buceo, que la convierten en una importante estación en el caribe colombiano.

De la misma forma existen Posadas Turísticas que les brindan la oportunidad a los huéspedes de estar en contacto con el estilo de vida de sus habitantes.

Desde Taganga se pueden visitar algunas playas aledañas de singular belleza.

La noche refresca estas playas con una brisa fresca y tibia. Taganga cuenta con una temperatura promedio de 28 grados centígrados.

Una de las épocas que más le gusta celebrar a sus pobladores son sus famosos carnavales. http://www.colombianparadise.com/destinos/taganga.html

quarta-feira, abril 01, 2009

Sobre um Relato de viagem

Assim que cheguei da última viagem tive vontade de escrever um relato,
talvez eu faça o mesmo com a viagem do ano passado `a Europa, mas isso é uma outra coisa, não é promessa...Para aqueles que quiserem ler sobre o que se passou na Venezuela, está aí:
http://relatoviagem.blogspot.com/

Para os que quiserem ver algumas fotos:
www.picasaweb.google.com/zezefreitas1